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Mensagem por Axis Dom maio 24, 2015 5:43 pm


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«PERFECT GIRL?!»
『Just a little bit』
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Meus olhos estão desorientados. O mundo se tinge em tons monocromáticos por poucos segundos. No meio de tudo isso, o azul do céu sem nuvens, as fortes cores que saem dos televisores pendurados nos prédios e o vermelho…sinal vermelho, e…! O intenso contraste dessas cores queima o fundo da minha retina. Eu me pergunto o que estava prestes a fazer. O som do canto dos insetos perfura meus tímpanos. O cheiro de ferro se mistura com seu perfume. Sem perceber, todos meus sentidos estimulam meu cérebro como um soco. Na faixa de pedestres, as marcas de pneu queimado. E, quando menos espero, alguém toca meu ombro. Viro o rosto meio atrapalhada, apertando a alça da minha bolsa com força.

“Está tudo bem, senhorita? Parece um pouco pálida.”

A voz fina viera de uma mulher com feição preocupada. A testa franzida acompanhava os fios louros, presos num coque perfeito. Seu blazer pendurava-se cuidadosamente no braço esquerdo enquanto a mão direita pousava no meu ombro. Fitei-a de relance, e hesitei em afastar a sua mão. Tento recuperar a compostura, pateticamente.

“Sim, estou bem.” — Digo erguendo o queixo. Começava a achar que tinha encontrado um novo dom, o de mentir. “Fiquei distraída nos meus devaneios...”

“Oh! Por acaso está indo ver o Dr. Krüger?” — A mulher bate as mãos uma na outra e sorrir como se eu fosse uma velha conhecida. — “Sou Franzeska, a nova secretária do Laboratório. Vi você passar algumas vezes por lá. É algum parente distante do Doutor? Você é japonesa?” — Ótimo! Mais uma admiradora irritante de meu tio. Girei os olhos e prontamente seguir adiante sem ao menos responder as perguntas. Não estava interessada e nem com humor de explicar alguma coisa à uma estranha, porém, tive que aturá-la todo o caminho.

Senti minha raiva aumentando, mas justo quando estava a ponto de abrir a minha boca e replicar, meu tio apareceu passeando pelos corredores do laboratório.

“Dr. Krüger! Boa tarde, senhor! Está um lindo dia, não é?” — Franzeska o chamou numa voz estridente. Franzi o cenho ao escutar isso.

“Oh, senhorita Franzeska, boa tarde.” — Disse tirando uma das mãos do bolso do jaleco e jogando os cabelos negros para trás, enquanto se aproximava. Como sempre, ele deixou escapar de seus lábios aquele costumeiro sorriso cínico.  — “Não sei nada sobre o dia, mas quando vejo você, o meu melhora 100%. A sua beleza é um atrativo a mais para este miserável laboratório, rodeado por velhos decrépitos.”

“Decrepito, velho e assanhado. Combina muito bem com alguém que conheço.” — Falo concentrando minha raiva no homem de jaleco. Obviamente, ambos ficaram chocados com a minha rispidez. E vendo a expressão e o silêncio estampados nos rostos deles, parece que surtiu o efeito desejado. Deixei ambos para trás, porém, Dr. Krüger voltou do seu choque a tempo e me seguiu.

Ignorei a maior parte da conversa fiada do meu tio. Quando chegamos na sua sala, meus olhos instintivamente procuraram a capsula no centro da sala. Fitei-a curiosa, e delicadamente passei os dedos na estrutura metálica.

A programação básica dessa máquina é totalmente diferente das antigas, isto é, do velho sistema homem-máquina como os “Monitores de alta definição” ou “Capacete + controles”. Dentro dele havia vários componentes que enviavam sinais eletrônicos que permitiam o mecanismo acessar o cérebro do usuário. O usuário não usava seus olhos ou ouvidos para ver e ouvir, mas sim os sinais que eram enviados diretamente para o cérebro. Além disso, a máquina não permitia apenas ver e ouvir, mas também tocar, cheirar e degustar. Ou seja, todos os cinco sentidos.

Era só dizer o comando de iniciação «Start Game», e qualquer barulho desaparecia. Você ficaria em meio à escuridão, depois entraria em um círculo no meio daquele lugar e magicamente estava em um mundo feito inteiramente de dados. Dr. Krüger explicou detalhadamente as instruções, assim, qualquer idiota entenderia, no entanto, no fundo sentia-me ofendida. “Em suma, é uma completa exclusão da realidade, criando um mundo novo e completo. Quase como que retirasse a alma de uma pessoa e a transportasse a um outro corpo e outro ambiente.”

“Exato. Não esperava menos de minha sobrinha.” — Disse estalando a língua. Colocou as mãos de volta no bolso do jaleco e se virou para a tela holográfica de sua mesa. “Agora, deite-se, está na hora da ‘soneca’.”

Fiz o que ele ordenou. Fechei os olhos e quando os abrir novamente, encontrava-me numa sala repleta de escuridão. Na minha frente apareceu um texto que dizia: «READY?» Não tive que responder, pois automaticamente surgiu: «PLAYER NAME?»

“Axis” — Disse pausadamente, o sistema mostrou uma última mensagem de requerimento de senha e um aviso de que teria apenas uma oportunidade de criar meu personagem. Uma vez criado, sua raça, nome e aparência não poderiam ser mudadas.

«STARTING CHARACTER CREATION»

O sistema respondeu com um som seguido do desaparecimento do texto, e de repente, o lugar vazio se encheu de vários personagens, todos posando diante de mim. As carreiras iam desde os seres humanos, elfos, elfos negros, anões, demônios, seres celestiais, angelicais, homens bestiais (e suas subespécies) ao espíritos. Meus olhos começaram a girar. Devo ter passado bastante tempo olhando cada um, e suas respectivas características raciais, mas a verdade, nenhuma chamara minha atenção.

«NEW BREED FOUND»

Justo quando terminei de ler a mensagem, uma linda jovem apareceu diante de meus olhos. As orelhas eram pontiagudas, mas não tanto quanto a de um elfo, e o cabelo longo, roseado, feito um algodão doce. O sistema — sem que eu pedisse — exibiu ao lado, as características raciais da garota. Uma fada sem asas? E ainda por cima da Realeza? Os olhos da garota permaneciam fechados, lembrava uma boneca.

Ponderei por alguns instantes. Nada nela precisava ser mudado, nem mesmo as roupas um tanto sensuais. Acabei aceitando-a. A jovem diante de mim, abriu os olhos e encontraram com os meus, e de súbito, se lançou até a mim, tão logo nos unimos, senti como que estivesse caindo...

«WELCOME TO GAIA ONLINE»

A sala começou a lançar flashes de luz muito claros, dessa vez, fui forçada a fechar meus olhos outra vez. A sensação de queda aumentou, pressionando meu corpo a cada segundo. Não sei em qual momento eu apaguei, mas depois de “aterrissar”, dei um profundo suspiro.

Levantei o rosto, e o vento soprou forte. Os cabelos longos da avatar acariciaram meu rosto, enquanto uma parte das mechas não se abalou. As pontudas orelhas oscilaram sob a brisa. Passou alguns instantes para que a sensação desaparecesse simplesmente...

“Enfim, estou aqui.”
Axis
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